Um em cada dois homens terá câncer. Entre as mulheres, uma em cada três desenvolverá a doença. Hoje, um em cada quatro pacientes sobrevive. Os dados são do Instituto Nacional de Câncer dos Estados Unidos. Depois do Outubro Rosa, período dedicado à conscientização da mulher no combate e prevenção ao câncer de mama, inicia-se a campanha “Novembro Azul”, visando promover a detecção precoce do câncer de próstata, incentivando os homens à realização do exame.
O câncer de próstata é o tumor mais frequente em homens no Brasil, comprometendo um em cada seis acima dos 50 anos de idade, o que representa aproximadamente 70 mil novos casos e quase 14 mil mortes por ano. Estudo realizado em 2015 pela Sociedade Brasileira de Urologia apontou que 51% dos homens nunca consultaram um urologista. Diante desses números que impressionam, existe uma boa notícia: o diagnóstico e o tratamento dessa doença foram substancialmente melhorados nos últimos anos. Atualmente, cresce o número de casos diagnosticados em fases iniciais e, consequentemente, são maiores as chances de cura dos portadores de câncer de próstata. Porém, mesmo em casos mais avançados, existem opções de tratamento que resultam em controle mais eficaz e duradouro, à custa de aceitáveis efeitos colaterais.
Nos casos de doença precoce, avaliações multidisciplinares, em conjunto com um melhor entendimento das características do tumor, permitem discriminar pacientes com tumores considerados de baixo risco e que podem, com segurança, ter apenas acompanhamento médico sem a necessidade de tratamentos imediatos – o que é chamado de vigilância ativa. Para aqueles a quem o tratamento é indicado, as técnicas de cirurgia e radioterapia vêm se tornando cada vez menos invasivas e mais precisas, aumentando as taxas de cura em pacientes com doença precoce para aproximadamente 90%.
O grande desafio, no entanto, é a doença em estágio avançado, metastática, especialmente o câncer de próstata resistente à castração. A doença hormônio-resistente, que até pouco tempo permanecia com opções terapêuticas limitadas, hoje vislumbra um futuro mais promissor. Existem hoje novas medicações que mudam a maneira de tratar a doença, além de aumentar a sobrevida e a qualidade de vida desses doentes: os hormônios administrados por via oral (abiraterona e enzalutamida); o radium-223, medicamento que emite partículas alfa radioativas com alvo antitumoral em pacientes com metástases ósseas; o quimioterápico cabazitaxel e o sipuleucel-T, a primeira imunoterapia empregada em pacientes que falharam a provação androgênica, que estimula a resposta imune contra a fosfatase ácida prostática, um antígeno expresso na maioria dos tumores de próstata. Essa última, ainda não está disponível no Brasil.
O sequenciamento desses novos esquemas terapêuticos e sua combinação com tratamentos já consagrados nos permite hoje aumentar a sobrevida desses pacientes com melhor qualidade e menos efeitos colaterais. Infelizmente, em nosso país, esses avanços e benefícios não estão disponíveis para toda a população e, em virtude da falta de rastreamento em alta escala, o risco relativo de morte por câncer de próstata no Brasil é pelo menos duas vezes maior do que nos Estados Unidos em decorrência de maior porcentual de diagnósticos tardios, gerando sofrimento e custos desnecessários.
Entenda sobre o câncer de próstata
O que é a próstata?
A próstata é uma glândula localizada na região pélvica do homem, apresentando um formato semelhante à de uma noz. Situa-se logo abaixo da bexiga e à frente do reto, sendo atravessada pela uretra, canal que se estende desde a bexiga até a extremidade do pênis e por onde a urina é eliminada.
Qual a função da próstata?
A principal função da próstata é produzir uma secreção fluida para nutrição e transporte dos espermatozoides, que são originados nos testículos e levados até a vesícula seminal através dos ductos deferentes. Juntamente com as secreções das vesículas seminais e das glândulas Peri uretrais, constituem o sêmen, que é o líquido expelido durante a ejaculação. Durante a ejaculação ocorre contração da vesícula seminal e eliminação do sêmen através dos ductos ejaculadores que passam pela próstata e desembocam na uretra.
O câncer de próstata acomete muitos homens?
O câncer de próstata é muito comum. Depois do câncer de pele, ele é o tumor maligno mais comum nos homens, representando cerca de 10% de todos os cânceres diagnosticados. Estima-se que um em cada seis homens vai desenvolver o câncer de próstata durante sua vida.
No Brasil, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), estima-se em 2016 o surgimento de 61.200 novos casos, ou seja, 62 casos para cada 100.000 brasileiros! Felizmente, apesar da incidência crescente, observa-se um declínio das taxas de mortalidade, que caíram cerca de 40% nos últimos 15 anos nos países mais desenvolvidos. Essa redução se deve principalmente ao diagnóstico precoce (através do toque retal e do exame de sangue Antígeno Prostático Específico ou PSA) e ao aperfeiçoamento das formas de tratamento.
O câncer de próstata é mais comum em qual faixa etária?
O desenvolvimento do câncer de próstata está relacionado sobretudo ao envelhecimento masculino. Apesar de poder ser diagnosticado em jovens, inclusive abaixo dos 40 anos, o risco aumenta significativamente após os 50 anos, correspondendo a 40% dos tumores nessa faixa etária. A idade média do diagnóstico da doença é de 69 anos, enquanto a do óbito, de 77 anos.
O que faz as células tumorais crescerem?
As células prostáticas dependem de estímulo hormonal para seu desenvolvimento, sendo a testosterona (hormônio masculino) e seus derivados os principais agentes estimulantes. As células cancerosas apresentam as mesmas características, necessitando pelo menos nas fases iniciais desse estímulo hormonal para o seu desenvolvimento.
Quais são os sintomas do câncer de próstata?
• Diminuição do jato urinário
• Gotejamento após a micção • Sensação de esvaziamento incompleto da bexiga
• Micção em dois tempos
Quando devo começar a avaliação para detecção do câncer de próstata?
É aconselhado que todos os homens a partir dos 50 anos devam procurar um urologista para definir a rotina de avaliação, após discutirem suas vantagens e desvantagens. A avaliação deve ser feita através do toque retal e de dosagens sanguíneas de PSA. Aqueles com história de câncer de próstata na família (pai, irmãos, tios) e/ou da raça negra devem iniciar essa avaliação aos 45 anos, devido ao maior risco associado.
Como prevenir câncer próstata?
1.Ter uma alimentação saudável.
2.Manter o peso corporal adequado.
3.Praticar atividade física.
4.Não fumar. 5.Evitar o consumo de bebidas alcoólicas.
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