Gestão de absenteísmo, afastados e FAP

Bencorp promove evento sobre como conduzir afastamentos de forma humanizada e diminuir impactos negativos da ausência de funcionários 

Texto: Vinícius Paiva

Ao lado dos acidentes de trabalho, as doenças lideram as causas de afastamento no Brasil. De acordo com estatísticas do Ministério do Trabalho e Previdência relativas ao ano de 2021, os problemas que mais geraram concessões de auxílio-doença foram as infecções por vírus, dor na coluna, transtornos de discos invertebrais e fatores ligados à saúde mental, como episódios depressivos e transtornos ansiosos.

Para ajudar a transformar esse cenário, a Bencorp promoveu um treinamento sobre Gestão de Absenteísmo, Afastados e FAP. O objetivo foi o de mostrar as vantagens que as empresas podem se beneficiar a partir de uma gestão efetiva desses fatores. Responsáveis por compartilhar esse conhecimento, a médica Tatiana Trigo, Diretora Médica BenCorp, e André Camargo, CEO da Closecare, listaram o fechamento adequado da folha de pagamento, ROI com uso de tecnologia, economia de tempo e ganho de eficiência do RH e menos custos para a empresa como as principais vantagens.

Absenteísmo

O absenteísmo se caracteriza pela ausência do funcionário no processo de trabalho, seja por falta ou atraso. É um problema que aumenta os custos e diminui sensivelmente a produtividade das empresas. Pode estar relacionado às condições de segurança e saúde do trabalho, bem como as condições clínicas sem relação direta com o trabalho. Alguns exemplos são: doenças crônicas não transmissíveis, como a hipertensão arterial ou o diabetes.

Segundo André Camargo, as principais estratégias para reduzir o absenteísmo são o mapeamento e atendimento médico ocupacional, ações regulares de saúde, identificação e prevenção de riscos e promoção de qualidade de vida. “É preciso estar atento ao nível de absenteísmo da sua empresa e ao controle de todos os atestados de saúde dos colaboradores, pois, assim, é possível identificar riscos e doenças comuns para realizar ações preventivas que potencializam a saúde do profissional e resolve impactos negativos no desempenho organizacional”, explicou.  

CEO da Closecare, André Camargo é formado em Administração pela FGV, especialista em Saúde Corporativa, digitalização para RH e gestão de documentos.

Gestão de Afastados

Segundo Tatiana Trigo, o afastamento de funcionários ao INSS ainda é um desafio a ser encarado pelas empresas, mas, quando bem realizado, esse procedimento melhora as relações de trabalho e o cuidado com a saúde do trabalhador. “Essa gestão permite que a organização atue em uma série de ações que contribuem para a melhora da saúde organizacional, prevenção e cuidado de bem-estar do colaborador, o que impacta na diminuição de custos que as empresas têm com afastamentos”, explicou.

Diretora Médica da Bencorp, Tatiana Trigo explicou os principais objetivos da Gestão de Afastados realizada pela empresa. “Dentre muitos pontos, os principais objetivos são: minimizar as repercussões negativas das medidas previdenciárias, evitar impactos tributários diretos e significativos, que acarretam despesas elevadas para as empresas e mitigar o controle inadequado de atestados, falta de acompanhamento, perda de prazo de recursos, aumento do FAP.

Diretora Médica BenCorp, especializada em medicina do trabalho, toxicologia ocupacional e promoção da saúde.

Condução de Afastamentos

Um profissional afastado de suas atividades precisará de diversos direcionamentos e ajudas, como suporte clínico, administrativo e jurídico. Tatiana orienta que o RH deve atuar de forma humanizada diante dessas situações, sempre solucionando dúvidas, e guiando o profissional por orientações sobre os procedimentos necessários a fim de que ele cumpra todas as questões do afastamento sem se prejudicar.

FAP

O Fator Acidentário de Prevenção é um multiplicador, atualmente calculado por estabelecimento, que varia de 0,5000 a 2,0000, a ser aplicado sobre as alíquotas de 1%, 2% ou 3% da tarifação coletiva por subclasse econômica, incidentes sobre a folha de salários das empresas para custear aposentadorias especiais e benefícios decorrentes de acidentes de trabalho.

Tatiana Trigo alerta que empresas que realizam atividades que representam maior risco à saúde e à integridade física de seus colaboradores contribuem mais. Em contrapartida, no caso de nenhum evento de acidente de trabalho, a empresa é bonificada com a redução de 50% da alíquota. Diante disso, a Diretora Médica aponta boas ações na gestão do FAP: análise mensal da atividade preponderante, identificar e tratar adoecimentos relacionados ao trabalho, monitorar saúde dos trabalhadores e gestão de riscos ocupacionais.

Participantes do evento “Gestão do absenteísmo, afastados e FAP” no auditório da Bencorp, na Avenida Paulista