Consumo excessivo de mídias sociais está ligado a doenças mentais

Quanto tempo por dia você passa nas redes sociais? Talvez seja hora de repensar esse hábito. Em 20 de maio, inicia-se a “semana de conscientização sobre a saúde mental”. No Brasil, 5,8% da população (ou 11,5 milhões de pessoas) sofrem de depressão, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Isso é mais do que a média mundial, que é de 4,4% (ou 322 milhões de pessoas). No Reino Unido, cerca de um quarto dos adultos foram diagnosticados em algum momento com distúrbio psquiátrico, o que custa à economia cerca de 4,5% do PIB por ano.

Essas doenças têm muitas causas, mas segundo pesquisadores, quando apresentadadas em jovens, estão ligadas ao consumo em excesso de mídias sociais.

Pesquisa realizada em 2017 pela Royal Society for Public Health indica que os britânicos de 14 e 24 anos acreditam que Facebook, Instagran, Snapchat e Twitter têm efeitos prejudiciais sobre o seu bem-estar.

Em média, eles informaram que essas redes sociais deram a eles espaço extra para a auto-expressão e a construção de comunidades. Mas os jovens também afirmam que as plataformas exacerbaram a ansiedade e a depressão, privaram-nos do sono, os expuseram ao bullying e criaram preocupações sobre sua imagem corporal e “FOMO” (“medo de perder”). Estudos acadêmicos descobriram que esses problemas tendem a ser particularmente graves entre os usuários frequentes das redes sociais.

Sean Parker, um dos fundadores do Napster e ex-presidente do Facebook, admitiu que a rede social funciona “explorando uma vulnerabilidade na psicologia humana”. De fato, um experimento de cinco neurocientistas em 2014 concluiu que o Facebook aciona a mesma parte impulsiva do cérebro que o jogo e o abuso de substâncias. No entanto, é difícil provar que ficar obcecado com curtidas e comentários causa doenças mentais, e não o contrário.

O esforço mais convincente foi uma pesquisa que acompanhou um grupo de 5.208 americanos entre 2013 e 2015. Verificou-se que o aumento de atividades nas redes sociais foi associado à diminuição futura na saúde mental. A cada semana, os pesquisadores perguntavam aos usuários se estavam felizes ou tristes com a quantidade de tempo que gastavam em várias plataformas. Quase 63% dos usuários do Instagram relatam se sentirem derrotados, uma parcela maior do que qualquer outra rede social. Eles gastam uma média de quase uma hora por dia no aplicativo. Os 37% que estão felizes gastam em média pouco mais da metade do tempo.

A taxa de felicidade é muito maior para o FaceTime (91%), um aplicativo de videochamada e ligações telefônicas (84%).

 

Fonte: https://epocanegocios.globo.com/Vida/noticia/2018/05/consumo-excessivo-de-midias-sociais-esta-ligado-doencas-mentais.html

 

Veja 6 doenças ocasionadas pelo uso desenfreado da tecnologia

O que o seu ambiente de trabalho têm em comum com o familiar e de lazer? Eles estão conectados. Hoje em dia a tecnologia é um recurso indispensável para as atividades do dia a dia, afinal, é um caminho para aproximar as pessoas, filtrar informações e otimizar o tão escasso tempo.

Mas, apesar do meio apresentar benefícios para a sociedade, o uso desenfreado da internet causa dependência das ferramentas tecnológicas e trazem comportamentos de saúde prejudiciais ao ser humano, tais como: ansiedade, estresse, irritabilidade e alteração do apetite. Ao serem ignorados, os sinais podem desencadear uma série de doenças críticas.

Pensando em alertar os usuários, o Instituto Brasileiro de Coaching listou as seis principais patologias que estão com presença de peso no mundo contemporâneo por conta do abuso tecnológico.

Síndrome do Toque Fantasma 
Um dos primeiros a trabalhar a temática foi o Dr. Larry Rosen, professor aposentado e ex-presidente do Departamento de Psicologia da Universidade do Estado da Califórnia, nos Estados Unidos. No livro iDisorder o especialista mostra que 70% dos usuários assíduos já sentiram o aparelho de celular vibrar ou tocar sem nem ter recebido notificações ou ligações.

Nomofobia 
O termo foi utilizado pela primeira vez em 2008 em um artigo do UK Post Office para abreviar a expressão inglesa “no-mobile”. Em português a expressão significa a ansiedade causa pelo distanciamento do celular ou devido à falta de bateria do aparelho. As consequências da patologia são problemas de interação social e dificuldades de se comunicar em público.

Depressão 
A depressão por conta das redes sociais acontece quando o usuário deposita a sua realização pessoal no número de curtidas e quantidade de comentários recebidos nas publicações. Recentemente, uma pesquisa publicada na revista Cyberpsychology, Behavior, and Social Networking comprova essa relação.

Problemas na Coluna 
O ato de inclinar a cabeça para mexer no celular pode colocar uma carga muito além da suportada pelo pescoço do usuário. Um estudo publicado pela Biblioteca Nacional de Medicina dos Estados Unidos revelou que a coluna cervical aguenta no máximo seis quilos. Porém, dependendo do posicionamento do pescoço para interagir com os dispositivos eletrônicos, é aplicada uma carga de até 27 quilos.

Perda Auditiva 
A interferência dos fones de ouvido em casos de perda auditiva é acontece cada vez mais devido a alta frequência utilizada pelos usuários. Inclusive, a Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu um comunicado no qual metade dos jovens ao redor do mundo escutam músicas em volumes prejudiciais aos tímpanos.

Insônia 
O pensamento coletivo de que o uso de forma despretensiosa de aparelhos eletrônicos faz a vontade de dormir aparecer mais rápido é mito, pois a luz emitida pelos dispositivos faz com que o organismo produza menos melatonina hormônio responsável pela regulação do sono.

Neste contexto, José Roberto Marques, presidente do Instituto Brasileiro de Coaching, dá dicas para evitar cair no uso exagerado da tecnologia.

“Vale lembrar que o equilíbrio na rotina é a chave para preservar a qualidade de vida. Para não alimentar o vício, é importante descobrir os seus reais talentos e desenvolver a inteligência emocional fora da internet. Uma sugestão que pode ser seguida é diminuir o uso das tecnologias em casa. Deixe você e os dispositivos descansarem. Portanto, não leve trabalho para depois do expediente, priorize as interações offline, não faça refeições com aparelhos próximos, desligue ou deixe o celular no modo avião no momento de dormir. Por último, caso não consiga amenizar a frequência, procure a ajuda de um profissional”, pontua.

 

Fonte: https://www.acidadeon.com/campinas/onlist/NOT,0,0,1329028,veja+6+doencas+ocasionadas+pelo+uso+desenfreado+da+tecnologia.aspx