O ALCOOLISMO é caracterizado pela vontade incontrolável de beber, falta de controle ao tentar parar a ingestão, tolerância ao álcool (doses cada vez maiores para sentir os efeitos da bebida) e dependência física, que se manifesta com sintomas físicos e psíquicos nas situações de abstinência alcoólica.
O diagnóstico de alcoolismo não tem relação com o tipo e quantidade da substância ingerida pela pessoa, mas sim à capacidade em controlar o consumo de bebida.
Além da já reconhecida predisposição genética para a dependência, outros fatores podem estar associados: ansiedade, angústia, insegurança, fácil acesso ao álcool e condições culturais. Por ser muito relacionado à socialização – os primeiros efeitos do álcool são euforia e desinibição – é comum que o hábito se inicie na adolescência, período em que começam a ser frequentes reuniões com oferta de bebidas alcoólicas.
No Brasil, 10% da população sofre com o alcoolismo. Os homens correspondem a 70% dos casos, enquanto as mulheres correspondem a 30%.
Sinais e Sintomas
Os sinais e sintomas classicamente associados à dependência de substâncias são falta de controle sobre o uso, tolerância cada vez maior e manifestações de síndrome de abstinência. Neste último caso, a pessoa manifesta alguns sintomas quando interrompe o consumo de álcool: tremores nos lábios e extremidades (mãos, pés), náuseas, vômitos, suor excessivo, ansiedade, irritação, podendo evoluir para convulsões e estados de confusão mental, com falta de orientação no tempo e no espaço e alucinações.
Diagnóstico
Algumas questões úteis para avaliar se o indivíduo tem problemas com o álcool são:
- VOCÊ JÁ SENTIU QUE DEVERIA DIMINUIR A BEBIDA?
- VOCÊ FICA IRRITADO QUANDO CRITICAM O SEU HÁBITO DE BEBER?
- VOCÊ JÁ SE SENTIU CULPADO POR BEBER?
- VOCÊ JÁ INGERIU BEBIDA ALCOÓLICA PELA MANHÃ?
Se uma das perguntas tiver a resposta SIM, é sinal de que é preciso investigar a questão de forma mais aprofundada. Procurar um médico é uma boa opção.
Tratamento
O PRIMEIRO PASSO é o doente reconhecer que é alcoolista e querer mudar a situação. Depois, a família e/ou o dependente devem procurar um psicólogo ou psiquiatra, que avaliará as possibilidades de tratamento.
O tratamento pode envolver a desintoxicação, que é a retirada da bebida com acompanhamento profissional, a ingestão de medicamentos que auxiliam no controle do desejo de beber e aconselhamento individual ou em grupo.
O envolvimento da família é fundamental nessa etapa, pois o alcoolismo é uma doença que envolve não só o dependente, mas também todos de seu convívio.
Impacto
O álcool, junto com o tabagismo, é um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento de diversas doenças.
Quando utilizado por tempo prolongado, tem ação tóxica sobre diversos órgãos. O uso constante provoca danos ao sistema nervoso, podendo causar demência, bem como diminuição da sensibilidade e da força muscular nas pernas. Outras possíveis consequências são: no estômago, pode ocasionar gastrites e úlceras; no fígado, pode desencadear hepatites, acúmulo de gordura e cirrose; no pâncreas, gera pancreatite; e no sistema circulatório, aumenta o risco de miocardites, pressão alta, acidentes vasculares cerebrais e aterosclerose (acúmulo de placas de gordura nos vasos sanguíneos).
O álcool também tem relação com o desenvolvimento de câncer no trato intestinal, na bexiga, próstata e outros órgãos.
Além disso, ficam prejudicadas as relações sociais. No excesso e na ausência dele, o dependente se torna irritado, tem tremores e crises de ansiedade, que só melhoram com o consumo cada vez maior.
Fonte: Einstein