Por Luís Alexandre Chicani, presidente do Conselho da BenCorp e CEO do ClubSaúde

Dia 5 de agosto foi o Dia Nacional da Saúde, que tem como propósito promover a conscientização da população sobre a importância da manutenção de uma boa saúde, e agora, também educação sanitária. Neste momento de pandemia, essa data nos fez pensar ainda mais em tudo o que tem acontecido no Brasil e no mundo. A pandemia do Covid-19 avança e estrangula o setor de saúde e cria situações extremamente difíceis para todos. Atualmente são mais de 20 milhões de infectados no mundo e mais de 110.000 brasileiros mortos pela doença.

As pessoas estão preocupadas em manter-se longe do vírus e têm se informado bastante sobre os cuidados que devem ter tanto em casa quanto fora.  Aí, vem a preocupação de quando as empresas convocarem seus funcionários para o retorno ao trabalho, quais os cuidados que devem ser tomados antes, durante e depois do trajeto, como tentar evitar o contágio nos meios de transporte lotados e como lidar nos restaurantes, na hora do almoço. Enquanto esse retorno não é decretado, os empresários estão preocupados em adaptar o ambiente de trabalho a fim de evitar que seus colaboradores se contaminem ao voltar à rotina.

Diante dessa preocupação, a BenCorp criou o Guia de Retorno às Atividades, que tem como objetivo fornecer às empresas uma visão 360º sobre quais procedimentos adotar para retornar ao trabalho, dentro de protocolos de segurança para preservar a saúde de todos, fortalecendo a empresa para uma retomada sólida com implantação de medidas preventivas e de controle. Neste material, orientamos quanto à responsabilidade da companhia em ambiente de trabalho, a tomada de ações para evitar a disseminação do COVID-19 entre colaboradores e visitantes e com a comunidade em geral.

As empresas nunca olharam tanto para o assunto saúde corporativa. Participamos de mais de 15 comitês de saúde, olhando os casos de covid-19 e discutindo esse assunto, diariamente. Nesse momento, um dos nossos maiores desafios é conseguir criar alternativas para oferecer novas soluções em saúde e uma das questões mais abordadas nessa pandemia é a Telemedicina, que muda a perspectiva da saúde da companhia e do indivíduo no Brasil, um país continental, com uma alta concentração de médicos, onde a população é pobre e tem pouco acesso à medicina.  

Como fazer chegar no Pará ou no Amazonas, um atendimento de saúde bem estruturado? A Telemedicina atende bem essa demanda. Nesse primeiro momento, ela tem sido muito utilizada para evitar a contaminação, reduzindo a ida aos hospitais. Mas resolvemos outros problemas, como uma pessoa que procurou o serviço com um ataque no miocárdio e foi encaminhada ao Pronto Socorro, imediatamente. Outro caso foi uma apendicite aguda, que também foi enviada à cirurgia, a tempo. Então, é essencial ao empresário ter um parceiro de saúde com esse olhar.

Esse problema exibe alternativas para as empresas abrirem novas frentes, a fim de cuidar da saúde dessas pessoas. A própria Telemedicina, num ambiente individual, é  uma solução boa e barata para atender a um país onde milhões de pessoas vivem com um salário mínimo e também permitir que as pessoas olhem mais para a sua saúde, como uma gestante, um crônico, diabético ou hipertenso ao fazerem seus acompanhamentos através de um projeto de atenção primária, que é a segunda onda da Telemedicina.

E para finalizar, saliento a importância dos laboratórios farmacêuticos no desenvolvimento de uma vacina e medicamentos contra o covid-19, pois acredito que pela primeira vez, estamos acompanhando um esforço conjunto  em todo o planeta, por um único objetivo, que é garantir a saúde, quer seja no mundo corporativo do indivíduo ou no setor público.